AS CHUVAS DA PRIMAVERA
Peça ao Senhor a chuva de primavera, pois, é o Senhor quem faz o trovão, quem manda a chuva e lhes dá as plantas do campo.Zacarias 10.1 (NVI).
E começaram as chuvas da primavera. Aos poucos, as gotas do céu têm regado a terra seca.
Em anos anteriores, a nossa primavera foi marcada por boas chuvas. Chuvas torrenciais, em alguns dias. Causaram estragos, em alguns lugares. Mas elas foram fundamentais para o abastecimento dos reservatórios e para a produção dos frutos que serão colhidos na estação seguinte, o verão.
Na terra de Israel, diferente da nossa região, as chuvas da primavera são as últimas, depois do inverno chuvoso. A“chuva da primavera” (NVI), ou “chuvas serôdias” (ARA), caía em Israel antes da colheita dos cereais. Essas últimas chuvas eram fundamentais para o amadurecimento dos frutos. O problema é que às vezes elas não vinham, e isso comprometia seriamente a produção agrícola.
Então, o povo de Deus foi orientado pelo profeta Zacarias para pedir “ao Senhor a chuva de primavera, pois, é o Senhor quem faz o trovão, quem manda a chuva e lhes dá as plantas do campo” (Zc 10.1).
Alguns podem achar que as chuvas da primavera virão naturalmente, já que elas fazem parte do ciclo da natureza. Alguns podem afirmar que as chuvas são simplesmente um fenômeno meteorológico resultante das gotas líquidas da água das nuvens, que se precipitam sobre a superfície da Terra. Então, por que orar, se as chuvas são resultados de eventos naturais? Sim, é verdade que as chuvas da primavera fazem parte do ciclo da natureza. Mas, em última instância, é o Senhor quem faz os raios. É Ele quem envia as chuvas. É Ele quem faz crescer as plantas para que haja vida sobre a terra.
Quando oramos ao Senhor, clamando para que Ele envie as chuvas da primavera, não somente estamos somente pedindo chuvas, mas também estamos reconhecendo que toda nossa vida está nas mãos do nosso Deus, e precisamos de Sua benção para que a semente germine e produza a vida sobre a Terra.
Precisamos orar pelas chuvas da primavera, mesmo que elas sejam um fenômeno simples e natural. Precisamos clamar não somente pelas grandes coisas, pelos grandes milagres. Mas precisamos também pedir pelas coisas simples e cotidianas. Todas as nossas súplicas e pedidos devem ser apresentados ao Senhor (Fl 4.6). Precisamos orar, ao levarmos o filho na escola. Precisamos orar, ao arrumarmos a telha quebrada. Precisamos orar, ao lavarmos a louça ou o carro. Precisamos orar, quando o carro quebra, mesmo que o problema seja simples e não apresente alto custo. Precisamos orar, antes de planejarmos o orçamento familiar do mês. Precisamos orar, não somente quando estamos com uma grave enfermidade, mas também quando estamos com uma simples dor de cabeça ou resfriado.
Enfim, precisamos suplicar para que o Senhor abençoe todas as obras das nossas mãos, pois sem as chuvas da primavera todo nosso trabalho será em vão. Não adiantará preparamos a terra e lançarmos a semente. Necessitamos das chuvas da primavera.
Deuteronômio 11 descreve a fertilidade da terra de Israel. Trata-se de uma “terra de montes e vales, que bebe chuva do céu” (v.11). No v.14, o próprio Deus promete: “então, no devido tempo, enviarei chuva sobre a sua terra, chuva de outono e de primavera, para que vocês recolham o seu cereal, e tenham vinho novo e azeite.” Mas antes, no v.12, encontramos a seguinte descrição da terra: “É uma terra da qual o Senhor, o seu Deus, cuida; os olhos do Senhor, do seu Deus, estão continuamente sobre ela, do início ao fim do ano.” O Senhor garantiu ao povo de Israel que a terra de Canaã iria produzir, não somente porque era uma terra boa, mas porque o Senhor cuida dela, e os olhos do Senhor estão continuamente sobre ela, do início ao fim do ano.
Os olhos do Senhor estão sobre nós, em todos os momentos. Háperíodos de secas e dificuldades. Mas, nesses momentos, oremos e esperemos, pois certamente o Senhor enviará chuvas de bênçãos!
Pr Luciano R. Peterlevitz