VALORIZANDO AQUILO QUE MAIS TEM VALOR

Postado em 25 de outubro de 2018 por

Categorias: Reflexões

Existem situações na vida que estamos dispostos a pagar caro por algumas coisas que precisamos. Algumas semanas atrás, na ocasião da greve dos caminheiros, tinha gente pagando quase dez reais no litro da gasolina, duzentos reais no botijão de gás e quase quinhentos reais num saco de batata.

Quando compramos algo que necessitamos, não olhamos muito o seu valor, mas sim, o quanto aquela coisa é necessária para nós. Aquilo que realmente precisamos passa a ser algo de muito valor, e nos dispomos a dar tudo o que temos, especialmente se precisamos daquilo para continuar vivendo. Pense, por exemplo: Se você precisasse de um tipo de remédio para continuar vivendo, certamente estaria disposto a dar tudo o que tem para obter esse remédio.

Essa é a verdade: valorizamos aquilo que realmente precisamos.

Existe um princípio econômico que não entendo muito bem. Trata-se das bases ideológicas, culturais ou filosóficas pelas quais algumas coisas são avaliadas e cujo valor é dimensionado. Existe uma cultura ou algum tipo de conceito que determina o valor de algumas coisas. Por exemplo, há relógios que custam 300 mil reais, ou mais. Existem quadros e outras obras de arte que valem centenas de milhões de dólares. A pergunta é: quem determinou esses valores? Resposta: o próprio homem.

Ao que diz respeito aos bens materiais, é o ser humano que determina aquilo que tem valor e aquilo que não tem valor. Mas, ao que diz respeito aos bens espirituais, é a Palavra de Deus que determina aquilo que realmente tem valor.

Como cristãos, precisamos valorizar aquilo que realmente tem valor. Precisamos valorizar aquilo que tem mais valor.

Tenho repetido a oração de Paulo, registrada em Efésios 1.18. Tenho clamado para que o nosso Deus ilumine os corações dos cristãos para que eles entendam “a riqueza da glória da sua herança nos santos”. Os crentes são as pessoas mais ricas do mundo. Mas, infelizmente, poucos valorizam a herança que possuem em Cristo. Trocam os valores do reino por outros valores que não valem nada.

Muitas vezes somos infantis, e são sabemos fazer escolhas. Pense em uma criança de dois anos. Se você colocar diante dela uma barra de ouro e uma barra de chocolate, o que ela vai escolher?

Há muitos crentes assim. Trocando a herança eterna dos céus pelos bens materiais passageiros. Substituindo o Pão da Vida pelas migalhas dos prazeres mundanos.

Prestemos atenção nessas duas parábolas de Jesus: “O reino do céu é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem esconde, depois de achá-lo. Então, em sua alegria, vai e vende tudo que tem, e compra aquele campo. O reino do céu também é semelhante a um negociante que procura boas pérolas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi e vendeu tudo que possuía, e a comprou” (Mateus 13.44-46).

Quando valorizamos o reino, certamente vamos nos comprometer com o Reino. Como aquele homem que vendeu tudo quanto tinha para comprar aquele campo onde estava o tesouro escondido. Como diz Paulo: “Sim, de fato também considero todas as coisas como perda, comparadas com a superioridade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, pelo qual perdi todas essas coisas. Eu as considero como esterco, para que possa ganhar Cristo” (Filipenses 3.8). Cristo é o Bem mais precioso. Perto Dele, todas as coisas são esterco.

Valorizemos maisaquilo que mais tem valor.

Pr Luciano R. Peterlevitz