O CAMINHO MAIS EXECELENTE
O amor é a principal marca do cristão. Isso porque o cristão é alguém que foi alcançado pelo amor de Deus. A graça foi derramada abundantemente sobre ele, e agora, naturalmente essa graça precisa fluir através da vida dele.
Observe a ordem de Jesus: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (João 13.34).
“O amor seja sem fingimento” (Rm 12.9). Você ama sinceramente?
“O amor fraternal seja contínuo” (Hb 13.1). Você ama continuamente? Ou aconteceu alguma coisa que impede você de continuar amando alguém?
Mas, o que é o amor?
O amor é ação. Deus amou o mundo de tal maneira que entregou o seu Filho unigênito, para a salvação de todo aquele que Nele crê (João 3.16). Deus prova o seu amor para conosco, pelo de Cristo ter morrido por nós quando éramos seus inimigos (Romanos 5.8). Deus ama. Isso significa que Ele entregou Jesus por nós. Deus agiu em nosso favor.
Em Romanos 13.8-10, Paulo diz que quem ama cumpre a lei. Ele resume os mandamentos da seguinte forma: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Amar significa não matar o próximo, não roubá-lo, não adulterar contra ele, não cobiçar as coisas dele, não fazer o mal contra ele. O amor não é somente deixar de fazer o mau ao próximo. É, especialmente, fazer o bem para ele.
Não podemos ver nosso próximo passando necessidades e não fazer nada por ele. Quantas vezes ignoramos as necessidades daqueles que estão tão perto da gente, e com isso, demonstramos que não amamos como falamos que amamos.
O amor exige a motivação correta. Portanto, o amor não se limita a ação. Precisamos entender isso. Pois o fato de ajudar alguém não significa necessariamente que amamos essa pessoa. Agir ou fazer alguma algo não é a prova definitiva do amor. Veja o que o apóstolo Paulo ensina em 1Coríntios 13. A igreja de Corinto estava preocupada e ocupada com os dons espirituais. Mas não havia amor entre ele. Então Paulo apresenta a eles “um caminho sobremodo excelente” (1Coríntios 12.31). É o caminho do amor.
Em 1Coríntios 13.2-3, o apóstolo declara: “Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.”
Preste atenção: alguém pode fazer grandes coisas, e ainda assim não amar. É possível profetizar, ter uma grande fé, e mesmo assim não amar. É possível ainda distribuir todos os bens aos pobres, e ainda assim não amar esses pobres. É possível morrer no lugar de alguém (entregar o corpo para ser queimado), e ainda assim não amar essa pessoa. Por que? Porque o amor tem a ver com a motivação correta. Ação sem a motivação correta é repudiada por Deus. Por exemplo: alguém fazer o bem para ser aplaudido pelo pelos homens. Essa pessoa faz algo bom, mas sua motivação não é boa.
O amor é ação, mas ele também está antes da ação. O amor é provado por nossas ações, mas ele também está no campo de nossas motivações.
Hernandes Dias Lopes afirma sabiamente: “Paulo diz que o amor é superior ao dom de variedade de línguas (1Co 13.1), ao dom de profecia (1Co 13.2), ao dom de conhecimento (1Co 13.2), ao dom da fé (1Co 13.2), ao dom de contribuição (1Co 13.3) e até mesmo ao martírio (1Co 13.3). Sem amor, os dons podem ser um festival de competição em vez de ser uma plataforma de serviço. Sem amor, nossas palavras, por mais eloquentes, produzem um som confuso e incerto. Sem amor, mesmo que ostentando os dons mais excelentes como profecia, conhecimento e fé nada seremos. Sem amor nossas ofertas podem ser egoístas, visando apenas o nosso engrandecimento em vez de promover a glória de Deus e o bem do próximo. Sem amor nossos gestos mais extremos de abnegação, como o próprio martírio de nada nos aproveitará.”
O amor é um caminho sobremodo excelente. Busquemos esse caminho!