ACONSELHAI-VOS UNS AOS OUTROS

Postado em 3 de junho de 2019 por

Categorias: Pregações

Pr Luciano R. Peterlevitz – Igreja Batista Bela Vista, 02.06.2019

TEXTO BÍBLICO: “Meus irmãos, eu mesmo estou convencido de que vocês estão cheios de bondade e plenamente instruídos, sendo capazes de aconselhar-se uns aos outros.” Romanos 15.14 (NVI).

Introdução

Quem precisa de conselhos?

– o jovem antes de assumir um relacionamento de namoro, noivado ou casamento.

– o jovem que não sabe qual profissão exercer;

– o adulto, que não sabe se deve mudar de emprego;

– o pai ou a mãe, que não sabe como lidar com o filho(a);

– o aflito, que não sabe como lidar com suas dores (físicas ou emocionais);

– o ansioso, que não sabe como aquietar o coração;

– etc.

Todos nós precisamos de conselhos.

“Quem sai à guerra precisa de orientação, e com muitos conselheiros se obtém a vitória” (Pv 24.6). 

Quem é sábio, busca conselhos.

Empresas pagam grandes somas para consultorias. Por que? Porque elas sabem que um erro pode custar muito caro para elas.

Do mesmo modo, precisamos entender que algumas decisões erradas podem nos custar muito caro. Por isso, precisamos de conselheiros.

A igreja precisa urgentemente de conselheiros. A igreja necessita de pessoas cheias de amor, pessoas que conhecem a Deus e Sua Palavra, pessoas que possam mostrar aos corações indecisos o caminho a trilhar.

Quem pode ser um conselheiro?

“Meus irmãos, eu mesmo estou convencido de que vocês estão cheios de bondade e plenamente instruídos, sendo capazes de aconselhar-se uns aos outros.” Romanos 15.14 (NVI).

Esse é um dos mandamentos da mutualidade: “aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria” (Cl 3.16).

É um mandamento dado à toda a Igreja. Portanto, o aconselhamento não é uma prática restrita à pastores ou à pessoas com uma formação acadêmica especial.

Aqui em Romanos 15.14, Paulo parte do pressuposto que todos os crentes estão prontos (ou deveriam estar) para aconselhar.

As condições para ser um conselheiro

Infelizmente, é claro, nem todos estão aptos para emitir um conselho. É necessário maturidade espiritual.

Aqui em Romanos 15.14, Paulo destaca pelo menos duas condições fundamentais para um conselheiro. Na verdade, como já constatamos, o apóstolo afirma que os crentes de Roma já estavam aptos para aconselhar uns aos outros. No final do verso, ele declara: “sendo capazes de aconselhar-se uns aos outros”. “Ser apto” (gr. dunamai), “ser apto para fazer alguma coisa; ser competente”.

Essa são as duas condições fundamentais para alguém exercer o ministério de aconselhamento:

Para ser um conselheiro, é preciso ser cheio de bondade

“vocês estão cheios de bondade”. O termo “cheios” ou “possuídos” (ARA) (gr. mestos) significa “cheio”, e refere-se à “pessoas, cujas mentes estão como se preenchidas com pensamentos e emoções, sejam boas ou ruins” (Léxico de Strong). Será que nossas mentes estão preenchidas de bondade e gentiliza?

Alguém pode ter um grande conhecimento teológico ou psicológico, mas se não ama, não está apto para aconselhar. “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. (1Co 13.1-2 – NVI).

Para ser um conselheiro, é preciso ter pleno conhecimento da Palavra de Deus

“plenamente instruídos”, ou  “cheios de todo o conhecimento” (ARA). “pleno” (gr. pleroo), “preencher até o máximo; fazer abundar”.

O conhecimento da Palavra de Deus precisa ser abundante em nossos corações. O amor é fundamental, mas só ele não basta para o ministério de aconselhamento. Há muitos pais que amam seus filhos, mas não sabem lidar com eles. Não sabem o que dizer a eles e como dizer a eles.

Em outra passagem, Paulo declara: “aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria” (Cl 3.16). Para aconselhar, é preciso sabedoria que vem do alto dos céus.

O conselho da mulher de Jó: amaldiçoa a Deus e morre (Jó 2.9). Ah, se Jó ouvisse sua mulher!

Swindoll disse que: “Nem todo conselho é bom – nem mesmo quando quem o dá pensa que é o conselho certo. Algumas vezes ele é dado com toda sinceridade, mas continua falho.”[1]“Poucas armadilhas são tão desastrosas quando acreditar em tudo que você ouve.”[2]

Conselhos precisam ser dados com base na Palavra de Deus. Para aconselhar, precisamos ser aconselhados pela Palavra.

Só não conhece a Palavra de Deus quem não quer. Temos a EBD. Todos os domingos estamos aqui estudando os ricos ensinos do Senhor. Há muitos que dizem: “eu não estou preparado”. Passam anos dizendo isso. Na verdade, muitos passam a vida toda com esse discurso. Até quando você não estará preparado, meu irmão? É hora de se preparar!

É hora de conhecer exatamente os pensamentos do Senhor em sua Palavra, para que você saiba quais pensamentos irá transmitir àqueles que lhe pedem conselhos.

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3.6).

Conclusão

Igreja Batista Bela Vista, ouça a voz do Espírito Santo: “aconselhem-se uns aos outros”.

Que Deus levante conselheiros e conselheiras aqui nessa igreja!


[1]SWINDOLL, Charles R. Jó: um homem de tolerância heroica. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, p.97.

[2]SWINDOLL, 2004, p.114.