UM MENINO NOS NASCEU

Postado em 16 de dezembro de 2019 por

Categorias: Pregações

Pr Luciano R. Peterlevitz – Igreja Batista Bela Vista, 15.12.2019

TEXTO: Isaías 9.6: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.

Introdução

Cerca de setecentos anos antes de Jesus vir ao mundo, o profeta Isaías anunciou o nascimento de um menino. Não seria um menino qualquer. Esse menino é Deus.

O anúncio do profeta foi direcionado para uma terra aflita (v.1), àqueles que viviam na sombra da morte (v.2), à Galileia dos gentios (v.1), afligida e destruída pelas invasões assírias no século 8 a.C. A vara do opressor que feria os ombros daquelas pessoas seria quebrada (v.4).

Um menino viria para trazer um governo de paz, que durará para todo o sempre (v.7).

Um menino nos nasceu

Algumas observações importantes:

  1. É um menino. Um ser humano. Gente como a gente. Por outro lado, é “Deus Forte”.
  2. É um menino Rei. Traz o reino que durará para sempre (v.7). Isaías dá como certo o seu nascimento: “um menino nos nasceu”. Observe o verbo: nasceu. No hebraico está conjugado no perfeito, que expressa uma ação completa, realizada. É um “perfeito profético”. Na época de Isaías o menino ainda não havia nascido. Mas o profeta apresenta como se ele já tivesse nascido. “O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Is 9.7b).As promessas de Deus podem ser vistas com os olhos da fé como já cumpridas.
  3. O menino nasceu para “nós”: “um menino nos nasceu”. O “nós” são os discípulos da época de Isaías (Is 8.16), que depositavam fé nas promessas acerca da vinda do Messias. No Novo Testamento, são aquelas pessoas que entregam suas vidas ao Menino nascido em Belém. O menino veio para cada um de nós.
  4. O menino carrega sobre seus ombros um governo: “e o governo estará sobre os seus ombros” (v.6). Essa criança é diferente. Ora, uma criança precisa ser carregada. Mas esse menino carrega. Ele nos carrega sobre seus poderosos ombros. Ele nos traz o governo de paz. Ele é o menino Rei, que traz um reino que durará para todo o sempre (v.7). 

Vejamos os nomes desse Menino:

Maravilhoso Conselheiro

Um menino aconselhando? Alguém diria: são os adultos que aconselham as crianças, e não as crianças que aconselham os adultos. Mas aqui, o menino é o Maravilho Conselheiro.

Cristo é o melhor conselheiro que existe.

Às vezes achamos que nós vamos à frente (estufamos o peito e dizemos: “eu sei das coisas”), e aí cometes inúmeros erros, e ainda achamos que Deus vai atrás de nós catando nossas tralhas e entulhos, resolvendo os problemas gerados por nossas decisões erradas.

A sabedoria humana é perigosa e enganosa. Por isso, precisamos recorrer ao Maravilhoso Conselheiro para que Ele nos oriente em nossa jornada.

A cruz destrói a sabedoria humana (1Co 1.19). “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” (1Co 1.18).

Do mesmo modo, a manjedoura é loucura para os que se perdem. Com pode, o Rei dos reis nascer em uma humilde manjedoura, junto com os animais?

O sabedoria do evangelho é diferente da sabedoria humana. A sabedoria do evangelho diz que você tem que se humilhar para ser exaltado, tem que perder para ganhar, tem que morrer para viver.

Deus Forte

É o Deus Herói, vitorioso nas batalhas. Os convertidos se voltam para Ele: Is 10.21.

“Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus.” (Sl 20.7). 

“Esse rei terá sobre si o genuíno poder de Deus, poder tão imenso que pode absorver todo o mal, o qual pode ser lançado nele até que nada seja deixado para lançar” (53.2-10; 59.15-20; 63.1-90”. John Oswalt.

Pai Eterno

O Menino Rei não traz um governo opressor, que se impõe tiranamente sobre o povo. Na verdade, o Rei apresentado aqui é como um Pai que se sacrifica por seus filhos.

Ele é o Pai Eterno, o Pai da Eternidade, ou seja, esse menino sempre será o Pai.

“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.” (Rm 8.17).

A culpa não pode mais nos atemorizar. Não há mais nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1).

Príncipe da Paz

O menino traz reconciliação entre Deus e os homens, e entre os homens.

“Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14).

O Menino traz uma “paz sem fim” (v.7). Com sua vinda, as armas de guerras são lançadas ao fogo (v.5).

Jesus não veio traz paz só no natal. Muitos abaixam suas armas nessa época do ano, achando que no dia 02 de janeiro podem voltar a dispará-las novamente. O Menino diz para cada um de nós: jogue fora suas armas (a arma do ódio, a arma do rancor, a arma do desamor).

Jesus é o Rei pacífico, não só em dezembro.Ele também reina em janeiro, fevereiro…Reinará para sempre. Meu conselho: alinhe-se ao governo dele. Submeta-se ao governo dele.

Conclusão

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.

Não pode haver natal sem esse Menino.

Celebremos o Menino que nos nasceu!

Que o seu governo de paz venha sobre nós e em nós. Amém.